12 de abril de 2012 | 15h14
Questionado pela Agência Estado sobre se, passados oito anos do caso, ainda há o que investigar, o líder tucano respondeu: "Quem achava que Cachoeira ainda teria? Tudo começou com Cachoeira. Passados oito anos, nós estamos de volta com Cachoeira. Acho que vamos viver um remake, um vale a pena ver de novo de nomes que o Brasil já conhecia e vão voltar ao cenário."
Araújo disse que a mais recente versão do texto para criação da comissão parlamentar, apresentada pelo PT esta manhã, agradou a oposição e dá segurança a uma "investigação ampla e abrangente". "Nós temos elementos suficientes e autorização dentro desse texto para permitir uma investigação profunda", afirmou.
Contudo, o tucano não quis opinar sobre se a comissão poderia se transformar numa CPI do Fim do Mundo, uma alusão ao apelido que recebeu em 2005 a CPI dos Bingos do Senado, diante da diversidade de temas investigados. Aliás, foi a partir do escândalo Waldomiro que fez o Senado criar a comissão.
O líder do PSDB não acredita que a CPI do Cachoeira pode ser esvaziada por conta das eleições de outubro. "Eu acho que os fatos é que vão dar o tom da investigação", afirmou. Esta tarde, a oposição vai começar a discutir a forma de coleta de assinaturas de deputados e senadores para se criar a comissão parlamentar mista para investigar as relações de Cachoeira com políticos.
Na Câmara, as assinaturas já tinham sido coletadas para a criação de um CPI só daquela Casa. No entanto, por se tratar de uma CPI Mista, esse processo tem que ser recomeçado. Araújo espera apresentar até terça-feira que vem o pedido de instalação da CPI. Serão necessárias pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.
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