PSDB quer evitar divisão interna na eleição do comando

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Por Agencia Estado
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O presidente Fernando Henrique Cardoso está sendo pressionado pelo seu partido para influir na definição do nome do futuro presidente do PSDB antes de sua viagem para a reunião de cúpula de Quebec, no Canadá, na próxima semana. A maior preocupação no ninho tucano é que não haja um prolongamento da disputa até o dia 19 de maio, data marcada para a convenção do partido que elegerá a nova Executiva Nacional do PSDB. No Palácio do Planalto, o cuidado é o mesmo: que não haja uma nova fragmentação da base, como ocorreu com o PFL e o PMDB, que enfrentam processos de divisão interna. ?Quanto mais tempo demorar esta definição, haverá mais risco de um conflito entre as forças políticas do partido e os próprios postulantes?, adverte o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (BA). A intenção é de que na próxima reunião de cúpula do partido, que deve acontecer no dia 28, em Maceió, já haja consenso sobre o nome do novo presidente. ?Uma definição antecipada evitará constrangimentos?, concorda o deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), que está na disputa. Além de Goldman, existem outros três pré-candidatos trabalhando para assumir a presidência do PSDB: o secretário de Ciência e Tecnologia de São Paulo, José Aníbal, e os deputados Yeda Crusius (RS) e Ronaldo Cézar Coelho (RJ). O novo presidente do partido é que será o responsável pela negociação com os outros partidos da base aliada a aliança em 2002 para a sucessão de Fernando Henrique. Os outros dois nomes cotados para o cargo eram do ministro Pimenta da Veiga (Comunicações) e do líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (AM). Fernando Henrique já havia manifestado internamente seu desejo de ver Pimenta da Veiga no comando do partido. Mas para isso era preciso que o ministro fizesse uma opção entre continuar no governo e a presidência do PSDB. Pimenta preferiu permanecer no comando do Ministério das Comunicações. Arthur Virgílio recusou o convite, alegando que disputará uma eleição majoritária no próximo ano. O secretário José Aníbal esteve nesta terça-feira em Brasília para encontros com o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e com Jutahy Magalhães. Na semana passada, ele já havia conversado com o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso. Jutahy foi claro no encontro com Aníbal. ?O novo presidente tem que ter três requisitos: reconhecer a nova força política da bancada tucana na Câmara; ser alguém com capacidade de conversar com todos os setores do partido; e precisa conseguir o apoio do presidente Fernando Henrique?, observou Jutahy. Pelo menos, já existe um ponto em comum entre os pré-candidatos tucanos: a afirmação externa do PSDB. ?É preciso ter muita combatividade junto à opinião pública e promover a luta ideológica?, observa Goldman. ?Temos que fazer uma reintegração de posse dos nossos valores?, defende Yeda. ?Agora é a hora de promover a afirmação externa do PSDB?, resume Aníbal.

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