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PSDB paulista quer coligação para Alckmin

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Por Agencia Estado
Atualização:

Diante da indefinição do candidato governista à Presidência, o PSDB paulista tenta se dissociar do processo sucessório nacional e quer formalizar o quanto antes uma ampla coligação de apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mesmo que para isso se alie a partidos adversários do representante do presidente Fernando Henrique Cardoso na corrida presidencial. O líder do PTB na Assembléia Legislativa, Campos Machado, o deputado Vitor Sapienza (PPS) e o presidente regional do PFL, Cláudio Lembo, foram convidados de honra da convenção estadual do PSDB, no sábado, que lançou Alckmin para uma nova disputa em São Paulo. PPS e PTB já fecharam acordo para apoiar o ex-ministro Ciro Gomes (PPS) à Presidência, feroz opositor do governo federal. O PFL anda às turras com o PSDB por pleitear a cabeça de chapa da candidatura governista para Roseana Sarney, que dirige o Estado do Maranhão. Nada disso constrange os tucanos paulistas. As três legendas apóiam a bancada de Alckmin na Assembléia e, se confirmada, a coligação pode garantir ao governador um trunfo precioso em 2002: provavelmente o maior tempo disponível no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. "Nossa coligação está praticamente definida e a convenção deixou isso claro", afirmou o presidente do PSDB paulista, o deputado Edson Aparecido. "A questão nacional é importante, mas acreditamos que uma aliança mais ampla em São Paulo vai existir." Consenso O presidente do PFL tem discurso semelhante. "O partido está fazendo tudo para apoiar Roseana, mas aqui há consenso de que devemos caminhar com Alckmin", declarou Lembo. "O caminho não está traçado, mas está nitidamente delineado." Já o PTB participa do governo estadual - ocupa a Secretaria da Habitação - e não dá mostras de que pretenda assumir rumo próprio. É o PPS quem está mais perto de frustrar os planos tucanos. Apesar de não descartar uma aliança com o PSDB, o presidente regional do partido reeleito ontem, deputado Arnaldo Jardim, disse que a legenda não deverá abrir mão de construir um palanque em São Paulo para Ciro Gomes. "Só vamos decidir a candidatura em maio ou junho", afirmou Jardim. "Mas nossa prioridade é a campanha de Ciro Gomes." O próprio candidato, na semana passada, fez um apelo para que as alianças regionais sejam definidas apenas depois de fechado o quadro nacional. O deputado negou que a presença do colega Vitor Sapienza demonstre o apoio do partido ao PSDB no ano que vem. Outro desafio do PSDB será compor a chapa com tantos partidos. A legenda tradicionalmente não cede a vaga de vice a outro partido. O PFL não abre mão de uma das vagas para o Senado destinada à reeleição do senador Romeu Tuma. Se admitida a hipótese de que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza (PSDB), ocupe a segunda vaga, não há margem para negociação com as demais legendas.

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