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PSDB não fará oposição a la PT no Congresso, diz Alckmin

Por Agencia Estado
Atualização:

Até o final do ano, o Congresso Nacional poderá avançar na aprovação de reformas importantes para o País, de acordo com a avaliação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. "Temos um tempo curto, mas mesmo que não se consiga aprovar tudo, dá para andar bastante", afirmou, em entrevista à Agência Estado. Pessoalmente, o governador disse ser favorável a um entendimento que permita a aprovação da unificação da legislação referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, também apóia o projeto. "A disposição de São Paulo é buscar o entendimento", disse. No que depender de Alckmin, a bancada do PSDB no Congresso não acentuará sua oposição ao governo Lula, embora o partido tenha saído fortalecido das eleições municipais. "Não há razão para mudar. Nós não vamos fazer uma oposição a la PT, oposição do quanto pior, melhor. Pelo contrário, o que é do interesse do País temos participado e ajudado", afirmou, citando o voto favorável do PSDB à aprovação da Reforma da Previdência em 2003. Nestes dois últimos meses de 2004, Alckmin acredita que um acordo entre governo e oposição permitará a votação do projeto das Parcerias Público Privadas (PPPs). Indagado sobre a resistência do PSDB em relação ao projeto, Alckmin defendeu a atuação do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que questionou vários pontos do projeto. "Uma coisa é defender uma proposta. Outra é aceitar um projeto que não está adequadamente debatido e aperfeiçoado", disse. Favorável à unificação da legislação do ICMS, que acabaria com a guerra fiscal entre os Estados, o governador reconheceu que essa não é uma proposta fácil. "Há divergências entre os Estados", afirmou. Além de uma tentativa de entendimento no Congresso, Alckmin disse que está trabalhando no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em busca de uma solução.

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