PSDB lança cartilha sobre violência contra mulher

Por Anne Warth
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O PSDB lança amanhã a cartilha "Diga Não à Violência Contra as Mulheres", elaborada pela ala feminina do partido, na sede do Diretório Estadual da legenda, na capital paulista. Segundo a prefeita de Itaju, Fátima Guimarães, também presidente do PSDB-Mulher no Estado, o material é repleto de imagens e é direcionado às mulheres mais humildes. "É um tipo de gibi, com linguagem direta e muitos desenhos. Queremos atingir as mulheres mais humildes, que não têm acesso à informação sobre o que fazer quando forem agredidas e a que órgãos recorrer. A informação ainda é a melhor forma de colaborar na luta contra a violência à mulher", explicou.Fátima garante que o lançamento da cartilha não tem como objetivo colaborar para que o PSDB se aproxime do eleitorado feminino, diante do crescimento da popularidade da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT às eleições presidenciais de 2010. "Nem sempre a questão do gênero é a ideal na escolha de um candidato", afirmou. Com poucos quadros femininos na Câmara e no Senado, o PSDB, na avaliação da prefeita, padece de um problema de divulgação. "O PSDB deixa um pouco, ou bastante, a desejar na tarefa de divulgar sua memória", ressaltou.O PSDB possui 17 prefeitas no Estado de São Paulo. Na Câmara dos Deputados, entre 57 parlamentares tucanos, apenas três são mulheres: Andreia Zito (RJ), Professora Raquel Teixeira (GO) e Thelma de Oliveira (MT). Na bancada de treze senadores tucanos, há duas mulheres: Marisa Serrano (MS) e Lúcia Vânia (GO). "Nós do PSDB-Mulher temos uma linha um pouco diferente e chamamos os homens para que participem das atividades conosco. Tudo passa pela união entre homens e mulheres. As mulheres sozinhas não conseguem nada", disse.A prefeita ressaltou ainda que a ex-primeira dama Ruth Cardoso foi a idealizadora do programa Comunidade Solidária, precursor da maioria dos programas sociais do País no combate à fome. Claudia Costin também foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado no governo FHC. "A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres também foi uma criação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Quem vê a ministra Nilcéa Freire acha que ela foi a primeira no cargo. Não foi, foi a Solange Jurema", lembrou. "A diferença é que nossas ministras eram técnicas que desenvolviam uma função, e não estavam sendo preparadas para serem candidatas", afirmou.

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