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PSDB insiste na criação de CPI

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Por Agencia Estado
Atualização:

O PSDB decidiu hoje, em reunião da bancada no Senado, insistir na criação da CPI para apurar as denúncias envolvendo o caso do ex-assessor da Presidência da República, Waldomiro Diniz. O requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito ainda depende de três assinaturas para ser apresentado. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), lembrou que a divulgação de mais esta denúncia, envolvendo o subprocurador-geral José Roberto Santoro, seria o que o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, anunciou na coluna do jornal O Globo de que em 15 dias seriam postos os "pingos nos is" nessa questão. "Estou estarrecido. Como ele sabia que teria esta denúncia? Isso mostra que não é possível ficar sem a investigação no Congresso", afirmou Virgílio. Ele disse também que se for instalada a CPI, o PSDB vai solicitar toda a fita do depoimento do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Chachoeira pelo Santoro. De acordo com a fita gravada do depoimento, Santoro negocia um perdão judicial para que Cachoeira entregasse a fita em que Waldomiro Diniz lhe pede propina. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que todos os envolvidos, Waldomiro, Santoro e Cachoeira terão de depor na CPI. "Temos de reforçar o pedido da CPI, É uma sujeirada só", disse. Desconfiança interna no MP O líder do PSDB na Câmara, deputado Custódio Mattos (MG), também disse que a nova fita do caso Waldomiro Diniz reforça a necessidade de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Segundo ele, as referências que o subprocurador-geral da República José Roberto Santoro faz, na conversa, ao próprio Ministério Público demonstra que existe desconfiança interna no MP e uma relação não muito harmoniosa. Na avaliação do deputado, isso pode levar à paralisação das investigações ou à falta de isenção. "Nos parece que há uma guerra de poder dentro do Ministério Público", afirmou Custódio. "Como confiar na apuração, em um ambiente como esse?" Segundo ele, já há uma tentativa do governo de desmoralizar os procuradores envolvidos no caso, o que acrescenta ainda um novo problema às investigações. O líder criticou, também, o inquérito sobre o caso que está sendo realizado pela Polícia Federal, considerando-o lento e sem transparência. "Só a apuração parlamentar poderá resolver esses problemas e tranqüilizar a sociedade", argumentou. Custódio Mattos disse, também, que o subprocurador-geral da República deve explicações sobre atitudes que teve, como por exemplo as circunstâncias do encontro com Cachoeira, bem como o horário de sua realização e as menções que fez ao procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Leia mais TV mostra fita em que subprocurador conversa com bicheiro sobre Waldomiro MP investigará subprocurador que conversou com bicheiro PSDB usa fita do subprocurador como argumento a mais para criar a CPI do caso Waldomiro CPI é luta política, diz o Professor Luizinho Ministro da Justiça reúne assessores para discutir o caso da fita Senador Tuma estranha atitude do subprocurador Lula diz que conversa do subprocurador é "fato muito grave" Para deputados tucanos, atitude do subprocurador é normal

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