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PSDB faz propaganda da trajetória do partido

Por Agencia Estado
Atualização:

O PSDB paulista quer dar ampla publicidade às realizações dos governos Covas e Fernando Henrique no 7º Encontro Estadual do partido, que deve reunir, no sábado, mais de 3 mil pessoas. "Estamos de olho em 2002 e o encontro vai mostrar um partido preparado", avisa o presidente da Assembléia, Vanderlei Macris. O primeiro veículo da ofensiva será a distribuição da revista PSDB - 12 Anos, de 36 páginas, que conta a história do partido, com depoimentos de Fernando Henrique, Covas e das principais figuras do partido. "Vamos mostrar que em seis anos, metade da existência do partido, fizemos história no Estado e no País", adianta o presidente do diretório estadual, Édson Aparecido. "A grande tarefa agora será capitalizar para as próximas eleições tudo o que foi feito." Os tucanos aproveitarão o encontro para lançar o site do partido na Internet e criar a seção paulista da Fundação Teotônio Vilella - que formula linhas políticas para o PSDB -, cujo primeiro presidente será o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Aníbal. O site, a ser lançado dia 19, em solenidade no Palácio dos Bandeirantes, servirá de instrumento para a campanha de 2002. Ali o internauta vai encontrar a história do PSDB e as principais realizações de seus governos. Também poderá conversar com militantes e políticos. Uma vez por semana, um líder do partido dará entrevista on-line. Ainda no encontro será lançada a campanha de filiação no Estado. "Com dois grandes centroavantes como os governos Covas e FHC só podemos jogar no ataque", compara Aparecido. O primeiro ataque, aliás, partiu de Covas, que no fim do ano lançou o governador do Ceará, Tasso Jereissati, à Presidência. Mais do que o impacto do nome - que descontentou o ministro da Saúde, José Serra, também presidenciável -, os tucanos paulistas entenderam o recado de seu líder. "Covas deixou claro que o PSDB não pode ficar a reboque dos outros, tem de ser cabeça de chapa e deve mostrar que tem nomes à altura do desafio", interpreta o deputado Walter Feldman, que em março deverá assumir a presidência da Assembléia. Roteiro - Apesar do tom otimista - reforçado pela recuperação dos governos Covas e FHC e a surpreendente campanha de Aécio Neves à direção da Câmara -, os tucanos paulistas não conseguem disfarçar a sensação de estar escrevendo um roteiro adaptado. O original, cultivado há alguns anos, era chegar até aqui com tudo pronto para lançar Covas candidato à Presidência. "Todo o esforço fiscal do governo estadual, que resultou em déficit zero e investimentos de R$ 7 bilhões neste ano, seria uma belíssima plataforma para a campanha de Covas", diz um antigo tucano, amigo do governador. "É uma pena que ele não possa usar isso em proveito de sua candidatura", lamenta. "Mas o lançamento do nome de Tasso só comprova que o próprio Covas, antes de todos os outros, já tinha seu plano B."

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