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PSDB e DEM pedem multa a sindicato dos professores

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

O PSDB e o DEM pediram hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que puna com multa o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e a presidente da entidade, Maria Izabel Noronha. A oposição acusa o sindicato e a dirigente de terem feito campanha eleitoral antecipada contra a legenda tucana e seu pré-candidato ao Planalto, o governador José Serra (SP).As manifestações contrárias a Serra e ao PSDB ocorreram durante a greve dos professores. "É claro que qualquer movimento grevista, notadamente quando diz respeito a serviços públicos, acaba por manifestar críticas que atingem a pessoa dos governantes, o que, em grande medida, é tolerável e lícito, desde que não desborde para a violência moral ou pessoa", afirmam PSDB e DEM na representação protocolada no TSE.Para os dois partidos da oposição, o problema está na "partidarização" das reivindicações. "Se o movimento se organiza em torno de palavras de ordem e outras manifestações que tendem a interferir no âmbito eleitoral, partidarizando o movimento - distanciando-o, portanto, da sua real natureza reivindicatória -, de modo a servir de instrumento de propaganda ou contra-propaganda, então se insere ele no campo da ilicitude, que deve ser separada dos legítimos interesses de uma categoria profissional", sustentam os partidos da oposição.De acordo com os partidos, o sindicato e sua presidente teriam feito ilegítimas iniciativas e investidas com o objetivo de atingir a imagem do PSDB e de Serra. Para o PSDB e o DEM, teriam sido usados recursos de índole sindical para a prática da propaganda eleitoral. Por esse motivo, pedem que sejam punidos com a multa mais alta prevista na legislação eleitoral.O PSDB e o DEM reclamam de várias declarações de Maria Izabel. Os partidos observaram que no dia 26, durante a abertura do 2.º Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, Maria Izabel foi uma das convidadas a dividir o palanque com a ministra e presidenciável Dilma Rousseff e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "No mesmo dia, em manifestações em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, foi Maria Izabel quem incitou os demais grevistas dizendo que ''Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador''", concluem os partidos.

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