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PSDB e DEM decidem suspender obstrução no Senado

Por Cida Fontes
Atualização:

Os senadores do PSDB e do DEM decidiram suspender a estratégia de obstruir as votações no plenário do Senado e cumprir os prazos regimentais para a tramitação da emenda que prorroga até 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Com isso, os senadores decidiram que não farão pressões por uma antecipação do processo. A informação foi divulgada hoje pelos líderes do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), e do DEM, senador José Agripino (RN), após a reunião das bancadas de senadores dos dois partidos, que somam 27 parlamentares. "Não vamos impor um calendário ao governo", anunciou Agripino, acrescentando que, pelas avaliações feitas na reunião, a oposição teria mais de 33 votos contrários à prorrogação DP tributo. Os senadores dos dois partidos decidiram agir no sentido de garantir e consolidar esses votos para o caso de o governo tentar apressar a votação da emenda. "O governo só vota quando quiser", observou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Arthur Virgílio previu que, obedecendo-se todos os prazos regimentais, a votação do chamado imposto do cheque em primeiro turno no Senado não se dará antes do dia 27 de dezembro, o que, pelo seu raciocínio, poderá levar a votação em segundo turno para 2008, caso o Congresso seja autoconvocado. "Vamos agir com racionalidade. Uma coisa é ser impetuoso. Outra é não deixar de ser cauteloso. Quando acharmos que é hora de prorrogar a votação, tudo bem", disse Virgílio.

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