Depois de ensaiar uma aproximação com o PPS para viabilizar seu projeto de disputar à presidência em 2014, o ex-governador José Serra confirmou nesta terça-feira, 1º, pelo Facebook, que permanecerá no PSDB. "A minha prioridade é derrotar o PT, cuja prática e projeto já comprometem o presente e ameaçam o futuro do Brasil", publicou o tucano na rede social. Depois de lembrar que ajudou a "conceber" e "fundar" o PSDB, Serra afirmou no mesmo post que o partido é "a trincheira adequada" para lutar pelo propósito de derrotar os petistas. "O Brasil não pode continuar vítima de uma falsa contradição entre justiça social e desenvolvimento. É preciso pôr fim a esse impasse, que, na verdade, acaba punindo os mais pobres, incentivando a incompetência e justificando erros grosseiros na aplicação de políticas públicas", escreveu o ex-governador. A decisão já havia sido comunicada por ele a amigos e interlocutores do partido na tarde desta segunda, 30, quase no limite do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitroral (TSE) para que políticos mudem de legenda em tempo de disputar a eleição de 2014, que encerra no próximo dia 5. "Ele me ligou e disse que ficaria. Acho que é um erro para as oposições, mas espero que ele seja feliz", disse ao Estado o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS, sigla que esperava lançar o ex-governador ao Palácio do Planalto. O assunto foi tema de uma conversa nesta segunda, no Palácio dos Bandeirantes, entre o senador Aécio Neves, provável candidato tucano à Presidência, e o governador Geraldo Alckmin. O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, divulgou uma nota oficial sobre a decisão. "José Serra é uma figura indispensável ao PSDB, de tal forma que sempre foi difícil para mim conceber nosso partido sem ele". Na mesma nota, o senador afirmou que "ainda não é o momento" de definir a candidatura presidencial do PSDB .