PSDB cobra a demissão do ministro Palocci

O líder Arthur Virgílio afirma que o ministro da Fazenda não tem mais condições de exercer o cargo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou, em discurso no plenário da Casa, que seu partido, a partir de agora, não se vincula a mais nada que diga respeito à defesa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci: "Cumpro meu dever de exigir a demissão do ministro", declarou o senador. "O gesto altivo e minimamente decente, correto, seria (o ministro) renunciar, até porque não tem mais condições de negociar nem com o BID, nem com parlamentares, empresários, banqueiros. Não é mais ministro. O PSDB cobra a demissão do ministro", declarou Virgílio, dando como motivo de seu pronunciamento as denúncias que pesam contra Palocci de suposta participação em reuniões em que integrantes da chamada República de Ribeirão Preto teriam promovido festas e partilha de dinheiro irregular, em uma mansão de Brasília. Afastamento por 30 dias O líder do PSDB lembrou que, até agora, no Congresso, ele e o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), sempre defenderam Palocci e sua política econômica, mesmo contra a opinião de petistas que dela discordam e até de integrantes do próprio PSDB e do PFL. Virgílio lembrou também que, por concordar com a política macroeconômica, sempre defendeu também a liberdade de Palocci escolher a data de comparecimento a CPIs (comissões parlamentares de inquérito) quando convocado. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), em aparte, reafirmou sua sugestão a Palocci para que se licencie do cargo, por 30 dias, já que a campanha eleitoral está começando e o ministro será o principal alvo dos candidatos.

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