
17 de outubro de 2011 | 18h12
O evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo reuniu a cúpula do PSD e representantes do Conselho Político e Social da entidade. Exposto pelo jurista Ives Gandra Martins, o tema enfrentou as críticas de alguns dirigentes da associação, que questionaram a viabilidade política da realização de uma Constituinte, a hegemonia de grupos políticos e a possibilidade de aumento da carga tributária, este último apontado por Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal. "Normalmente o pai de uma criança não quer deletá-la. O Everardo Maciel é um brilhante tributarista, mas foi ele quem criou todos esses impostos e a grande maioria deste emaranhado (de tributos). É natural que ele tenha essa resistência", rebateu a senadora. Outros questionaram a possibilidade de retrocesso em áreas como o direito à propriedade. "Não tenho medo de retrocesso. O Brasil e suas instituições estão tão fortes que jamais repetiríamos uma Venezuela, uma Bolívia, um Equador. Isso está muito longe do País", argumentou.
Esse foi o primeiro encontro dos caciques do PSD com representantes da sociedade civil para discutir o tema encampado pela legenda. Kassab e o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, endossaram a necessidade a criação de uma Constituinte em 2015 para tirar do papel as reformas geralmente defendidas durante as campanhas eleitorais. "O País funcionará melhor se tivermos essas reformas", apontou o prefeito de São Paulo.
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