PSD declara apoio a candidato de Alcolumbre

Segunda maior bancada no Senado anuncia aliança com Rodrigo Pacheco, do DEM, na disputa pela presidência da Casa

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Foto do author Daniel  Weterman
Por Anne Warth e Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA – A bancada do PSD decidiu, por unanimidade, apoiar o candidato do DEM, Rodrigo Pacheco (MG) na disputa pela presidência do Senado. Pacheco é o nome apoiado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para a sua sucessão, em fevereiro de 2021. A decisão do PSD foi tomada em reunião realizada por videoconferência, na noite desta terça-feira, 5, e fortalece a candidatura de Pacheco, já que o partido tem a segunda maior bancada do Senado, com 11 integrantes. 

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“O PSD entende que o senador Rodrigo Pacheco reúne todas as condições para presidir, contribuir e garantir as tradições políticas, administrativas e legais que regem o funcionamento do Senado Federal”, informou a bancada do partido no Senado, por meio de nota. A legenda foi a primeira a anunciar formalmente uma aliança com o candidato.

O apoio foi negociado na tarde desta terça, na casa do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) – a capital mineira é a maior cidade sob comando do partido. Na reunião, Pacheco acenou com a possibilidade de apoiar um nome do PSD para o governo de Minas, em 2022. 

O senador Rodrigo Pacheco (DEM), candidato deDavi Alcolumbre à sucessão Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Kalil e o senador Carlos Viana (PSD-MG) são apontados como candidatos, mas Pacheco sempre foi visto como uma “sombra” para Kalil. Participaram do encontro o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e os senadores Antonio Anastasia (MG), Carlos Viana (MG) e Otto Alencar (BA). 

O Estadão/Broadcast apurou que o PSD pediu a Pacheco, em troca do apoio à sua candidatura, a presidência das duas comissões mais cobiçadas: Constituição e Justiça (CCJ) e Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Além disso, em caso de vitória do candidato do DEM, também espera ficar com a Primeira Secretaria da Mesa Diretora. 

Líder do partido na Casa, o senador Otto Alencar (BA) disse, no entanto, que qualquer negociação sobre cargos em comissões e na Mesa Diretora será realizada apenas após a eleição. “Não tem como tratar de um assunto como esse antes da conclusão da eleição”, afirmou. “Não vou constranger nenhum candidato que vá à eleição. Não é do meu feitio”.

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