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PSB pressiona PT para aceitar aliança em Belo Horizonte

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Por Redação
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O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou na quarta-feira, que o apoio do partido ao PT em outras cidades será condicionado à participação dos petistas na coligação entre socialistas e tucanos na capital mineira. "Gestos de boa vontade nós só vamos ter se os gestos de boa vontade vierem também na direção do PSB", disse Campos, após encontro com o governador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador mineiro. O governador pernambucano descartou a palavra "imposição", mas lembrou que nos três estados governados pelo PSB -- Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco --, o partido apóia candidatos do PT às prefeituras das capitais. Campos frisou que novas alianças dependem também da posição petista, cujo diretório nacional vetou coligação com o PSDB em Belo Horizonte. "Novos gestos, agora, têm de ser acompanhados de gestos recíprocos do PT. Posso discutir Manaus, posso discutir Rio, posso discutir São Paulo. Agora eu quero discutir também Belo Horizonte", afirmou. O governador pernambucano confirmou que discutiu o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e disse que com boa vontade é possível fechar acordo na capital mineira. "O que acontece nesse momento é que todos nós temos algumas necessidades. Essas coisas não são simples, tão em cima da hora...mas é possível (a aliança), se boa vontade existir", disse ele. Segundo Campos, não é equilibrado um acordo entre legendas em que apenas uma delas tenha interesses atendidos. "Não é justo que se resolva a necessidade de uns, e outros saiam da mesa sem a solidariedade de ninguém. O que não pode é o PSB sentar à mesa querendo resolver Belo Horizonte e fechar a porta para resolver São Paulo, por exemplo", acrescentou Campos. A reunião animou Aécio Neves, que saiu confiante do encontro. "Continuo extremamente otimista, depois da conversa que tive com o governador Eduardo Campos, com o prefeito Pimentel e com o deputado Wander Borges (presidente do PSB em Minas)." (Reportagem de Marcelo Portela)

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