13 de agosto de 2014 | 14h05
Atualizado às 17h50
Brasília - O PSB poderá escolher um novo candidato para disputar a Presidência da República. Resolução aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que em caso de morte de candidato a substituição poderá ser feita a qualquer momento. Eduardo Campos, que era o candidato do PSB ao Planalto, morreu em um acidente aéreo em Santos na manhã desta quarta-feira, 13. A coligação tem dez dias para definir o substituto.
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"A substituição poderá ser requerida até 20 dias antes do pleito, exceto no caso de falecimento, quando poderá ser solicitada mesmo após esse prazo, observado em qualquer hipótese o prazo previsto no parágrafo anterior", estabelece a resolução. Conforme a resolução, nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados. O substituto pode ser filiado a qualquer partido integrante da coligação.
O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, confirmou o prazo. "A Lei Eleitoral e a resolução prevê em tais hipóteses a possibilidade de substituição em 10 dias da candidatura."
Ao participar da sessão em que o ministro Ricardo Lewandowski foi conduzido à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Toffoli lamentou a morte de Campos. "É um momento de pesar. O TSE apresenta sua nota de pesar aos familiares, em especial à Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas, mãe do candidato Eduardo Campos, a sua esposa Renata, aos seus filhos, enfim, a todos os familiares daqueles que foram vítimas dessa tragédia."
Um dos principais aliados do ex-governador Eduardo Campos no Congresso Nacional, o deputado Julio Delgado (PSB-MG) disse que ainda não há no PSB nenhuma conversa sobre o futuro da legenda na corrida presidencial. "Não existe conversa no partido ainda. Perdemos o nosso norte", afirmou o parlamentar. Em entrevista por telefone à Globo News, Delgado disse, ainda, que para o PSB "Eduardo é insubstiuível".
A coligação é formada por PHS, PRP, PPS, PPL, PSL. A preferência, porém, é do PSB, legenda que encabeça a chapa. Para a substituição não será necessário organizar uma nova convenção partidária. A escolha pode ser feita em uma reunião com as execuitvas partidárias. Filiada ao PSB, a ex-ministra Marina Silva pode trocar o cargo de vice e assumir o posto de titular.
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