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PSB paulista defende aliança com Alckmin

Diretório estadual formaliza apoio ao tucano e ignora ex-ministra Marina Silva, que defendia candidatura própria da sigla em São Paulo

Por Ana Fernandes
Atualização:
Lideranças do PSB em reunião na capital paulista Foto: Rafael Arbex/Estadão

São Paulo - O deputado federal Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, defendeu a aliança da legenda ao projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O apoio ao tucano é formalizado nesta sexta-feira, 6, em reunião do diretório. A despeito das críticas da ex-ministra Marina Silva, que defende candidatura própria no Estado, França afirma que a sigla teria poucas chances de vencer.

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O deputado argumenta que o PSB estaria sozinho na campanha, pois os outros partidos da coligação nacional não estariam juntos no projeto paulista. PPL, PRP e PHS terão candidatos próprios e PPS também apoiará Alckmin, segundo França. Além disso, apontou que a Rede, partido de Marina, defende nomes novos, descartando a possibilidade de alguém do PSB para disputar Palácio dos Bandeirantes. "É claro que eu não sou novidade, sou político", afirmou França.

Para ele, sem o apoio dos demais partidos, o PSB teria pouco mais de 50 segundos de televisão e uma chance pequena de conduzir uma campanha vitoriosa.

A decisão do diretório ignora acordo feito entre Marina e o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, para que a sigla lançasse candidatos próprios nos maiores colégios eleitorais do País. Representantes da ala 'marineira' decidiram comparecer ao encontro desta sexta. "Pode ninguém nos ouvir, mas não podemos deixar de manifestar nossa posição", disse o deputado Walter Feldman.

Críticas a Dilma. No início de sua fala, França fez um o histórico recente do partido e criticou posturas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff em relação ao jogo político. O presidente estadual do PSB disse que Dilma fez um "apartheid" com o PSB nos ministérios e optou por trocar seu eixo de segurança, composto por PSB, PDT e PC do B pelo PMDB. "Veio outra lógica, diferente da nossa, a presidente foi fazendo esse movimento e afastando a gente do governo", disse, criticando o fatiamento do governo em troca de apoio político.

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