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PSB entra no jogo sucessório do Recife

Quatro secretários estaduais se desincompatibilizaram como alternativas à uma possível candidatura da Frente Popular

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Por Redação
Atualização:

O PSB não será mais um ator passivo na sucessão do Recife e poderá lançar nome próprio à prefeitura da capital. Quatro secretários estaduais de peso do governador Eduardo Campos (presidente nacional da legenda) se desligaram dos cargos para ficarem à disposição como alternativas às candidaturas que possam vir a unir os partidos da Frente Popular.

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A explicação do PSB para a iniciativa é a de que o partido vem agindo como aliado leal, dando prioridade ao PT como cabeça de chapa do processo sucessório do Recife, mas, a poucos meses da eleição, o que existe é uma insegurança quanto à capacidade do candidato indicado pela executiva nacional do PT, senador Humberto Costa, de unir o seu próprio partido. Os conflitos pessoais e de grupos petistas não parecem ter perspectiva de conclusão no curto prazo. Preterido da condição de candidato à reeleição, o prefeito do Recife, João da Costa, afirmou nesta sexta-feira, 8, que a tendência do seu grupo será a de entrar com recurso à direção nacional do partido contra a imposição da candidatura do senador.

"Não existe alinhamento automático do PSB nesta situação", observa o presidente estadual do PSB e secretário de Articulação Política, Sileno Guedes. Ele é uma das alternativas de candidatura, ao lado dos colegas do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, da Educação, Danilo Cabral, e da Casa Civil, Tadeu Alencar.

Guedes não descarta a possibilidade de uma composição de chapa com o candidato do PT, mas pontuou que o PSB cansou de esperar. Segundo ele, o governador e o partido vêm sendo cobrados por aliados que criticam a exposição pública das brigas pessoais e de grupos internos do PT. "Vamos conversar com os aliados e com a sociedade para sabermos o rumo a ser dado", afirmou o presidente estadual ,que nesta sexta teria uma conversa com o senador Humberto Costa.

A Frente Popular reúne 10 partidos. O processo sucessório do Estado é comandando pelo PSB e o da capital pelo PT, que está há 12 anos à frente da Prefeitura do Recife. Diante das dificuldades do PT, um grupo de partidos da frente (PTB, PDT, PP, PSC e PV) já vinha pregando uma candidatura alternativa, sob a liderança do senador petebista Armando Monteiro Neto. O PSB permanece no aguardo dos petistas.

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