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PSB abre processo contra deputados que contrariaram votação da Previdência

Direção do partido definiu que os 32 parlamentares deveriam ser contrários à reforma, mas 11 votaram a favor

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Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O Conselho de Ética do PSB abriu nesta segunda-feira, 15, processo contra 11 deputados que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando orientação do diretório nacional do partido. Os deputados terão dez dias para apresentar defesa. O processo será levado posteriormente à direção da legenda, que poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão, com base em recomendações do conselho de ética.

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“Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação. A votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la, instruir o processo e depois repassa-lo ao Diretório Nacional para a decisão final”, disse Alexandre Navarro, presidente do colegiado.

Representantes de segmentos sociais do PSB pediram na semana passada censura pública, cancelamento de filiação, a expulsão dos deputados e a devolução dos recursos públicos destinados pelo partido à campanha deles.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que federação com o PT 'não é impossível' até 2 de abril. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O PSB foi o partido de esquerda com mais votos a favor da reforma – 11 em 32 votos. O PDT, com 8 votos sim, também ameaça punir os deputados que foram contra orientação da bancada. Eles já são sondados por partidos de centro.

Os alvos de processo no PSB são: Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS),  Luiz Flávio Gomes (SP),Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho  (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).        

A abertura de processo não é inédita. Em 2017, a direção do PSB puniu parlamentares que votaram para barrar as investigações contra o então presidente Michel Temer (MDB), também em desrespeito à decisão do partido. 

Na semana passada, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, repudiou em entrevista ao Estado o posicionamento dos deputados. "A atitude foi extremamente grave e imperdoável. Todos sabem em qual partido entraram, a história do PSB, a visão programática, e agiram sabendo e assumindo as consequências dessa escolha”, afirmou. O Estado mostrou, ainda, que partidos de centro tentam atrair deputados de oposição ameaçados de expulsão após terem apoiado a Previdência

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