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Protógenes vira alvo de mais um processo na PF

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Por Vannildo Mendes
Atualização:

Acusado de fazer promessa eleitoreira em palanque de candidato em 2008, o que é proibido pelo código de conduta policial, o delegado Protógenes Queiroz foi indiciado ontem em processo administrativo disciplinar (PAD) aberto pela Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais. Ele já responde a inquérito criminal na 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo e está indiciado pela Corregedoria-Geral da PF, em Brasília, por quebra de sigilo funcional, violação da Lei de Interceptações, vazamento de dados sigilosos e abuso de autoridade, ilegalidades supostamente cometidas na Operação Satiagraha. Também é acusado de desobediência ao manual de procedimento operacional. O novo processo é a quarta denúncia que a PF prepara contra o delegado. Em visita ontem ao Congresso, ele atribuiu o processo a "uma minoria" que, a seu ver, quer sua demissão a qualquer custo. E criticou a "inversão de valores" dos que o perseguem, enquanto o banqueiro Daniel Dantas permanece impune. Em setembro, Protógenes, sem autorização legal, subiu no palanque do candidato do PT à Prefeitura de Poços de Caldas, Paulo Tadeu Silva. Ele discursou e até prometeu levar uma delegacia da PF à cidade. Protógenes foi defendido ontem, em Porto Alegre, pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Rio Grande do Sul, d. José Mario Stroeher. "Quem está sendo criminalizado é o delegado", disse, sem citar nomes, em um evento com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro.

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