Protógenes nega à CPI que investigou Dilma

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Por ANA PAULA SCINOCCA E LUCIANA NUNES LEAL
Atualização:

O delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz negou hoje, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, esteve entre as autoridades grampeadas na Operação Satiagraha. Amparado por um habeas-corpus que lhe garantia o direito de ficar calado para não se autoincriminar, Protógenes inicialmente se recusou a responder sobre a investigação de Dilma. Depois, afirmou que a ministra não foi bisbilhotada. O delegado não respondeu ao ser questionado sobre investigação do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT. Sob a orientação de dois advogados que o acompanharam durante todo o depoimento, Protógenes afirmou que nenhuma interceptação telefônica na Satiagraha foi ilegal. "Todas as interceptações telefônicas foram com autorização judicial e com fiscalização do Ministério Público Federal (MPF). E elas foram, inclusive, alvo de auditoria na Polícia Federal", disse. Protógenes foi indiciado pela própria PF por violação de sigilo funcional e compartilhamento de dados com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O delegado afirmou estar sendo injustamente acusado e que "segurança jurídica neste País só se tem para a minoria". Em seguida, ele mostrou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada em 16 de janeiro deste ano, sobre um relatório sigiloso da investigação da PF sobre sua conduta na Satiagraha.

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