
03 de abril de 2009 | 18h53
A Superintendência da PF em Minas Gerais informou que em setembro passado, Protógenes subiu, sem autorização legal, ao palanque do candidato do PT à prefeitura de Poços de Caldas, Paulo Tadeu Silva. Mesmo proibido de fazer propaganda política, ele fez discurso em favor do candidato, cuja gravação está anexada aos autos, e prometeu até levar delegacia da PF para cidade. A Lei 4.878 (código de conduta), no seu Artigo 43, proíbe ao policial "valer-se do cargo, com fim ostensivo ou velado, para obter proveito político-partidário, para si ou para terceiros". O PAD tem prazo de 30 dias para ser concluído, prorrogável tantas vezes forem necessárias.
Protógenes já responde a inquérito criminal na 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo e está indiciado pela Corregedoria-Geral da PF, em Brasília, por quebra de sigilo funcional, violação da Lei de Interceptações, vazamento de dados sigilosos e abuso de autoridade, ilegalidades supostamente cometidas durante a Operação Satiagraha. Ele ainda é acusado de desobediência ao manual de procedimento operacional nos dez meses que esteve à frente da Satiagraha, da qual foi afastado em julho passado. O delegado criticou o que chamou de "inversão de valores" dos que o perseguem, enquanto o banqueiro Daniel Dantas, suposto cabeça do esquema criminoso desmantelado pela Satiagraha, permanece impune.
Encontrou algum erro? Entre em contato