Protestos têm confusão em BH, Rio e Salvador; em SP, 35 mil vão às ruas

Diversas cidades brasileiras tiveram mais um dia de manifestações neste sábado

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Por Redação
Atualização:

Manifestantes e policiais entraram em confronto neste sábado, 22, em Belo Horizonte

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, perto do Estádio do Mineirão, onde se realizava o jogo entre Japão e México. Segundo a PM, a manifestação reuniu cerca de 100 mil pessoas - pelo menos 8 ficaram feridas.

Também ocorreu confronto em Salvador

, perto da Arena Fonte Nova, onde o Brasil jogava com a Itália. No Rio de Janeiro, 30 foram presos em Bangu, zona oeste da capital fluminense, sob acusação de praticar saques em lojas do bairro no fim de uma manifestação que reuniu cerca de 500 pessoas. Em São Paulo, 35 mil pessoas protestaram, de forma pacífica, contra a PEC 37.

Belo Horizonte e Salvador voltaram a registrar confrontos no fim da tarde e noite de sábado. Na capital baiana, houve menos tumulto do que o registrado na quinta-feira, mas o centro e a região do Iguatemi ficaram com um rastro de destruição. Pelo menos três pessoas ficaram feridas e outras seis foram detidas durante os protestos, entre eles um jornalista.

Na capital mineira, parte dos integrantes que participou do protesto no Mineirão voltou para o ponto de concentração, na Praça Sete de Setembro. A PM voltou a atirar bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas. A corporação chegou a utilizar o chamado caveirão, veículo blindado.

PEC 37.

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Em São Paulo, o ato foi convocado também por integrantes dos Ministérios Públicos Federal e do Estado, mas ganhou corpo no Facebook, chamado por organizações que têm forte militância na internet contra a corrupção, como o Dia do Basta, Unidos por um País Melhor (UPPM), Organização de Combate a Corrupção (OCC) e Pátria Minha. O Movimento Passe Livre não participou do evento.

O perfil dos manifestantes era diferente dos perfis de todas as outras manifestações na capital paulista. Foram às ruas sobretudo integrantes da classe média tradicional, representada em sua maioria por jovens brancos, de 20 a 30 anos.

O Rio de Janeiro teve protestos nas regiões sul e oeste. Em Bangu, houve tumulto e correria. De acordo com a polícia, alguns manifestantes tentaram fechar ruas do bairro com barricadas de fogo.

Um grupo de jovens passou a madrugada de sábado acampado

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na Avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon, na zona sul do Rio, perto do edifício onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB), na quadra da praia da Rua Aristides Espínola. Na pauta do protesto, melhorias em saúde e educação, crítica aos altos investimentos nas obras para a Copa e a defesa de uma CPI do transporte público. O movimento “Ocupe Delfim Moreira” começou na noite de sexta-feira e promete mobilização até amanhã de domingo.

Copacabana.

Já em Copacabana, o movimento Rio de Paz fez manifestação para reivindicar investimentos em saúde, educação e segurança pública, no que classificaram como “padrão Fifa”, em referência aos altos investimentos com os grandes eventos como a Copa.

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