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Protesto contra FHC termina com 11 feridos

Por Agencia Estado
Atualização:

A manifestação organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para protestar contra a política econômica do governo federal, aproveitando a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso na capital gaúcha, terminou em tumulto e pancadaria, levando quatro sindicalistas e sete policiais militares ao hospital. O grupo de quase 500 trabalhadores recrutados pela CUT, principalmente servidores federais em greve, tentou bloquear as três vias de acesso ao novo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho e entrou em confronto com a tropa de choque da Brigada Militar. Cerca de cem PMs faziam a segurança preventiva na avenida de acesso ao terminal de passageiros, além de um efetivo da Polícia do Exército. Os manifestantes foram avisados que deveriam desobstruir o trânsito e, não cumprindo a determinação, foram dispersados pelos policiais, que usaram cacetetes, balas de borracha e bombas de efeito moral. Os manifestantes reagiram atirando pedras recolhidas de uma obra. Um dos policiais atingidos, segundo a Secretaria de Justiça e Segurança, teve o capacete perfurado e foi submetido a uma cirurgia no maxilar. Outro foi queimado com álcool jogado por um manifestante. De acordo com o presidente da CUT, Quintino Severo, o manifestante que jogou álcool era um "desconhecido infiltrado" e as pedras só foram utilizadas em reação à violência policial. Quatro mulheres que participavam do protesto, incluindo uma diretora da CUT, foram feridas pelos golpes de cacetetes e encaminhadas ao Hospital Cristo Redentor. "A CUT está pedindo uma audiência com o governador para exigir explicações para tamanha violência da Brigada", disse Vera Guasso, a sindicalista ferida. O governo estadual não quis se pronunciar sobre o fato e disse que vai analisar os incidentes.

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