
01 de janeiro de 2015 | 16h13
São Paulo - Quando a profissional de relações públicas Miriam Margarete Mayer, 54 anos, chegou ao vão do Masp na Avenida Paulista na tarde desta quinta-feira, 1º, estava indignada por dois motivos: o primeiro era o Partido dos Trabalhadores, por quem se disse "apunhalada". O segundo motivo de indignação foi porque não encontrou ninguém no local marcado para o protesto que ocorreria simultaneamente à posse da presidente em Brasília.
Após cerca de 30 minutos de espera, Miriam ganhou a companhia de 13 integrantes do Movimento Brasil Livre. O grupo preparou uma encenação da posse de Dilma Rousseff, com direito a sósias da presidente e do ex-presidente Lula, que segurava uma garrafa de aguardente.
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Acompanhada da filha de 11 anos, Miriam não se desmotivou pela ausência de pessoas para integrar seu coro e expôs as reclamações. "O PT levantou a bandeira da anticorrupção e olha o que eles estão fazendo agora. O povo precisa acordar dessa anestesia", disse.
Gaúcha de Cruz Alta, ela mora há 15 anos em São Paulo e disse nunca ter votado no PT. "Mas eu acreditava que eles poderiam fazer uma mudança. Mas o que fizeram? Depois do mensalão perdi as esperanças", disse.
A empresária Beatriz Estrade, 20 anos, integrante do movimento, disse que estava satisfeita com a quantidade de pessoas presentes. "O objetivo era poucas pessoas para que não desse nenhum tumulto. Somos um movimento muito pacífico", disse.
Segundo Beatriz, o movimento tem por objetivo ser de oposição. "Somos um movimento de oposição, oposição ao atual Governo, oposição a essa doutrina de esquerda e tudo que o Governo utiliza para doutrinar o povo mais a esquerda", disse.
Ao grupo ainda se juntou um senhor, que preferiu manter o anonimato, com uma placa pedindo o impeachment da presidente, "ou haverão patriotas que farão a intervenção", completava a mensagem. O Movimento Brasil Livre reforçou que não concorda com os pedidos por uma intervenção militar no País. Antes das 16h desta quinta, todos já haviam se dispersado do local.
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