
07 de setembro de 2007 | 13h37
Centenas de pessoas que ficaram sem assistir ao desfile de 7 de setembro em Maceió. Manifestantes ligados ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), ao Movimento Unificado da Saúde e à Central Única dos Trabalhadores (CUT) invadiram a pista, próximo ao palanque do Governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), e realizaram um protesto, provocando o cancelamento do desfile. Após o tumulto e um rápido confronto entre os manifestantes e policiais militares, que davam segurança às autoridades no palanque, o governador deu ordem ao cerimonial para suspender o desfile, cuja programação tinha apenas começado, por volta das 9 horas da manhã. A suspensão do desfile deixou frustradas centenas de famílias que foram até à Praia da Avenida, para participar das comemorações ao dia da Independência do Brasil. Moradores de bairros distantes e até de cidades do interior ficaram revoltados com o fim da festa. Alguns responsabilizaram os manifestantes. Outros culparam o governo. "Essa gente não tinha outra hora para protestar. Tinha que logo durante o desfile em defesa da Pátria?", questionou um o comerciante Humberto Eustáquio Mota, que estava na Praia da Avenida, em frente ao Memorial da República, próximo ao palanque das autoridades. O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, dissse que os manifestantes queriam apenas participar do desfile e não era preciso cancelá-lo. "Nossa intenção não era cancelar o evento, apenas queríamos passar pelo desfile. Não era preciso cancelar a festa cívica, o governador se precipitou", afirmou. Ao deixar o palanque, Teotônio Vilela não quis falar sobre o assunto. Segundo sua assessoria de imprensa, ele concede entrevista coletiva para explicar os motivos do cancelamento do desfile e falar sobre a greve dos policiais, que já passa de um mês. O secretário estadual de Defesa Social, general Sá Rocha lamentou a atitude dos manifestantes. "É com muita tristeza que vejo a radicalização dessas pessoas, que prejudicaram o prosseguimento deste desfile de cunho nacional. Eles passaram por cima até do patriotismo", disse.
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