Proposta que libera entrevistas divide TSE

Por Felipe Recondo e BRASÍLIA
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A proposta de liberar entrevistas em jornais e revistas com pré-candidatos dividiu os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente da corte, Carlos Ayres Britto, sugeriu alterar a resolução do tribunal para que não houvesse limites na mídia impressa. Para rádios e TVs, a nova regra liberaria entrevistas desde que haja tratamento igualitário. Hoje, a resolução diz que os pré-candidatos podem ser entrevistados, desde que não exponham propostas de campanha. "Quando se trata de entrevista e debate pela mídia impressa não há de se falar de propaganda antecipada. Pelo contrário, é bom que o pré-candidato exponha seu plano de trabalho", defendeu Britto. A proposta gerou resistências. O ministro Ari Pargendler considerou "inoportuno" e "contraproducente" alterar a norma a dez dias do início da campanha. "A regra existe. Se o juiz aplicou bem ou mal, isso é objeto de recurso." Eros Grau defendeu que o tema só seja analisado quando a pressão da opinião pública diminuir: "Nós devemos ser serenos, devemos ser prudentes." O assunto volta à pauta do TSE amanhã. Três ministros indicaram ser contrários à alteração, dois sinalizaram pela liberação das entrevistas e os demais não se manifestaram.

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