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Promover novas eleições é inconstitucional, diz Geraldo Alckmin

Governador de São Paulo atacou Dilma Rousseff em encontro do diretório fluminense do PSDB

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Por Fernanda Nunes
Atualização:
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conversou com os pré-candidatos a prefeito e a vereador do partido, no Rio de Janeiro Foto: Fabio Motta|Estadão

RIO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu que o PSDB se aproxime do povo para combater a fama de elitista, imposta pelos adversários, segundo ele. "Governo moderno é o que interage", afirmou a uma plateia de pré-candidatos a prefeituras, em curso de preparação para as eleições organizado pelo diretório fluminense do PSDB. Em seu discurso, Alckmin aproveitou para atacar o governo petista e pediu reforma administrativa, com a redução do número de estatais.    "Tem que fechar a EBC. É a TV do Lula. Não tem a menor justificativa. Não tem audiência. E todo dia cria custo", opinou. Ele também criticou a proposta da presidente afastada, Dilma Rousseff, de promover um plebiscito por novas eleições. "É inconstitucional. Eu sou contra", disse Alckmin.    Durante o encontro, os pré-candidatos a prefeituras do Rio pelo PSDB usavam adesivos em suas roupas com a frase "Oposição a favor do Brasil". Segundo Alckmin, o partido liberou para o presidente interino, Michel Temer (PMDB), os "bons quadros que o governo federal precisou", mas não tem a obrigação de fazer parte do governo. "O PSDB tem responsabilidade com o povo. Não precisa, para votar a favor de medidas de reforma, medidas de interesse público, fazer parte do governo. Temos que deixar o presidente à vontade para montar a sua equipe", afirmou.    Alckmin defendeu a promoção de reformas política, judiciária e administrativa. Ele argumentou que existem no País 140 empresas estatais, "um terço delas foi criado nos 13 anos do governo do PT". Além de defender a venda da EBC, ele destacou a criação da TAV, para operar o trem-bala, projeto que nunca saiu do papel. "Lembra do trem-bala, que ia ligar Campinas (SP), São Paulo e Rio de Janeiro? Não existe trem-bala, não tem ferrovias, não tem nada, mas tem estatal, a TAV", contestou. 

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