Promotores são ameaçados de morte no ES

Por Agencia Estado
Atualização:

Três promotores do Ministério Público (MP) do Espírito Santo que investigam as acusações de corrupção contra membros do governo estadual estariam marcados para morrer e o assassinato teria sido contratado por um dos envolvidos nos inquéritos. A informação foi dada a um quarto promotor por uma pessoa não-identificada, que contou como eles seriam mortos, a quantia que teria sido cobrada para realizar o crime e quem teria contratado o matador. O caso é investigado pela polícia capixaba e desde hoje os promotores passaram a ser acompanhados por policiais militares. "Isso pode ser apenas uma informação sem fundamento, mas temos de levar qualquer ameaça a sério", diz o promotor Fábio Vello, que coordena as investigações e está acompanhado de guarda-costas. "Mas não vamos ficar intimidados e isso não vai afetar a apuração dos fatos." Hoje, o MP tem cinco inquéritos que investigam o esquema de corrupção e cobrança de propinas envolvendo o governador José Ignácio Ferreira (sem partido), a primeira-dama Maria Helena Ruy Ferreira e o cunhado dele e ex-secretário de Governo, Gentil Ruy. Em dois inquéritos, os promotores conseguiram que a Justiça decretasse a prisão preventiva de dez acusados. O cunhado do governador é um dos presos. Nesta quarta-feira, os integrantes da CPI da Propina na Assembléia Legislativa devem ler o relatório final da comissão. O parecer pede o indiciamento de 25 envolvidos do governo estadual. A leitura é a última etapa antes da votação, que deve ocorrer na sexta-feira. "Acho que a votação deve ocorrer na segunda ou terça. Temos de ter tempo para organizar tudo", disse o deputado Cláudio Vereza (PT). O partido pôs cartazes em vários pontos de Vitória que mostram fotos e os nomes dos deputados que, na primeira votação da comissão especial do impeachment, se manifestaram contra o pedido. O PT também instalará painéis eletrônicos para que a população possa acompanhar das ruas a votação na Assembléia.

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