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Promotora pede prisão preventiva da primeira-dama do ES

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Por Agencia Estado
Atualização:

O juiz-titular da 7ª Vara Criminal de Vitória, Nelson Darby, recebeu no último dia 5 da promotora de Justiça Fabiana Fontanella pedido de prisão preventiva da primeira-dama do Estado, Maria Helena Ferreira, e de mais seis pessoas que já foram ligadas à administração estadual. Todos estão sendo acusados pelo Ministério Público do Espírito Santo de participação em um esquema de desvio de verbas que seriam destinadas a uma fábrica de sopas do governo do Estado. Maria Helena foi denunciada por corrupção passiva, apropriação indébita e formação de quadrilha. O MP entende que a prisão preventiva dos acusados é necessária para impedir que eles atrapalhem as investigações. ?Nós temos aproximadamente 2 mil páginas de documentos e peças processuais que devem ser estudadas e conhecidas, para que possa ser emitido um pronunciamento?, declarou, nesta quarta-feira, o juiz Darby. Não há previsão para o julgamento do caso. O advogado de Maria Helena, Luiz Otávio Rodrigues Coelho, disse que não há sentido no pedido de prisão preventiva da primeira-dama, porque ela não está atrapalhando os trabalhos da Justiça e tem fornecido todos os documentos solicitados pela promotora. Ele disse ainda que deverá ingressar com pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça para tentar impedir que a prisão seja decretada. O governador do Espírito Santo afirmou, nesta quarta-feira, que o pedido de prisão preventiva da primeira-dama é ?um absurdo jurídico? e que está sendo ?vítima de um complô político?. Além da primeira-dama, estão com a prisão preventiva pedida pelo MP o ex-ministro do Planejamento Anibal Teixeira; o ex-subsecretário de Estado da Fazenda Antônio Corrêa de Almeida; o ex-presidente da Associação Capixaba de Desenvolvimento (Acads) Fernando Ferreira Paterline; os advogados João Batista Ceruti Pinto e Rodrigo Stefenoni; e o ex-colaborador de campanha do governador José Ignácio Ferreira (PTN) Raimundo Benedito de Souza Filho, o Bené. Na denúncia, a promotora pede ainda o seqüestro dos bens e a interdição das funções da primeira-dama, de Bené, de Anibal Teixeira e de Fernando Paterline. Fontanella alega que os bens são ?objeto de lavagem de dinheiro?. Segundo ela, todo o dinheiro da Acads ? entidade que tinha por objetivo prover de recursos a fábrica de sopas ? era sacado através de Bené. As acusações são de desvio de verbas da Setas (Secretaria de Trabalho e Ação Social), que era dirigida por Maria Helena, e de cobrança de propina para a liberação de benefícios fiscais. De acordo com a denúncia, ?os acusados se aliaram para conseguir o enriquecimento ilícito através da prática de crimes contra a administração pública?.

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