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Promotor passa a ter proteção policial depois de atentado

Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor de Miguelópolis, André Luiz Brandão Brandão, terá proteção constante da Polícia Militar, assim como a juíza Anelise Soares. Brandão, que sofreu um atentado na madrugada de sábado, passou a andar armado e com colete à prova de balas. O promotor disse hoje que não sabe quem poderia ter praticado o atentado. "Não foi um atentado contra a pessoa física, mas contra a instituição do Ministério Público e o estado democrático de direito", comentou. Delegados e promotores de Ituverava, Franca, São Joaquim da Barra, Orlândia e Ribeirão Preto reuniram-se hoje para discutir como será a investigação do atentado contra Brandão. A investigação, determinada pela Procuradoria-Geral de Justiça do Estado, será feita sob sigilo com o apoio da corregedoria-geral do Ministério Público e até a participação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaerco). O inquérito policial será conduzido pela delegacia de Ituverava, através do delegado Wilson dos Santos Pio, pois o atentado a Brandão ocorreu na Rodovia William Amin, perto de São Benedito da Cachoeirinha, distrito de Ituverava. O promotor retornava de um jantar, em Ituverava, quando um carro grande e escuro chegou perto de seu Corola e abriu a ultrapassagem. O vidro do carro de Brandão estava aberto, o que o permitiu observar que o passageiro do outro carro, quando emparelhou com o seu, iria atirar. Ele brecou o veículo bruscamente, mas dois tiros passaram entre seu rosto e o pára-brisa, atingindo o vidro do passageiro. O carro ficou atravessado na pista e Brandão, com sua arma, disparou várias vezes contra o outro carro, que fugiu do local. Brandão é o único promotor de Miguelópolis há um ano e meio. Ele nunca recebeu ameaças nesse período, exceto uma menção ao seu nome, há quase um ano, numa ameaça ao juiz Caio César Melluso, antecessor a Anelise Soares, mas que nunca ficou claro. Brandão segue sua rotina normal de trabalho e o esquema de segurança, feito pela PM, não será revelado. A juíza Anelise Soares, embora esteja há cerca de um mês e meio no município, também terá escolta especial da PM.

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