18 de novembro de 2010 | 12h45
Cembranelli acentuou que não tem nenhum interesse político no caso. "Se tivesse já em agosto, quando estava em curso a campanha presidencial, eu teria realizado o júri. Não estou interessado em favorecer qualquer partido, nem prejudicar. Desejo que o PT faça um bom governo. Mas não vamos negar as evidências. Petistas desviavam dinheiro público para o caixa do partido."
O promotor afirma que Celso Daniel tinha conhecimento do esquema de corrupção e "o PT nele depositava todas as fichas na campanha de 2002 porque o candidato (o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva) já havia sido derrotado três vezes". "Dizem que o PT não queria mais uma campanha amadora, com recursos doados por simpatizantes e venda de camisetas e bonés. Então, resolveu mudar."
Segundo o promotor, Celso Daniel se insurgiu contra o esquema quando percebeu que o grupo que o cercava não tinha "qualquer ideologia partidária, quando percebeu que os recursos desviados iam para os bolsos daquelas pessoas capitaneadas por Sérgio Sombra, o mandante da morte do prefeito". "Por isso, porque resolveu se tornar um obstáculo às pretensões da máfia, Celso Daniel foi varrido, vítima de uma trama macabra." Para o promotor, o prefeito se tornou "um estorvo para a quadrilha".
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