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Programa mantém popularidade de Lula

Por Carlos Marchi
Atualização:

O impacto do Bolsa-Família na população de baixa renda, que foi essencial para a reeleição do presidente Lula, é agora um dos sustentáculos de sua popularidade, num efeito que deve ser duradouro e se manifestará em eleições futuras, analisam especialistas em pesquisas. O diretor da MCI Estratégia, Antonio Lavareda, prevê que as eleições de 2008 registrarão um crescimento das forças políticas que apóiam o governo no Nordeste. Para especialistas, a popularidade de Lula se assenta num triângulo: o Bolsa-Família, o aumento do salário mínimo e a estabilidade da economia. Os dois primeiros inflaram a renda da população de baixa renda. O terceiro é entendido por ela de forma indireta: "Os pobres não votam em alguém porque a economia mostra fundamentos sólidos, mas pelo rebatimento que tem sobre sua vida", explica Lavareda. "Todas as políticas públicas têm impacto sobre a vida do cidadão, mas ele é mais marcado pelas ações que melhoram objetivamente a sua vida", diz Márcia Cavallari, do Ibope. Ricardo Guedes, do Sensus, vê outros efeitos indiretos, como o ativamento das economias de regiões em que o Bolsa-Família tem muitos beneficiários. E assinala outro mérito do programa: "As populações se livram do velho assistencialismo patrocinado por políticos."

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