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Procuradoria vai denunciar Cunha e Collor por corrupção na Lava Jato

Denúncias que devem ser encaminhadas ao STF até amanhã atingem políticos com prerrogativa de foro especial, como o presidente da Câmara e o senador de Alagoas

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Por Andreza Matais e Fabio Fabrini
Atualização:

Atualizado às 15h49

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BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar, entre esta quarta-feira, 19, e amanhã, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás. A informação foi confirmada ao Estado por fonte com acesso às investigações.

As denúncias, por corrupção e lavagem de dinheiro, serão as primeiras envolvendo políticos com prerrogativa de foro. Elas são baseadas em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato e em provas colhidas pelo Ministério Público Federal em diversas fases da investigação, entre elas as buscas em imóveis de Collor, na chamada Operação Politeia, em julho.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Dida Sampaio/Estadão

O senador do PTB é suspeito de receber R$ 26 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, desviados da estatal petrolífera. Esses recursos teriam sido usados para a compra de carros de luxo, apreendidos no mês passado pela Polícia Federal.

Cunha foi citado por um dos delatores da Lava Jato, o empresário Júlio Camargo, como beneficiário de suborno de US$ 5 milhões. O valor teria sido pago para facilitar a assinatura de contratos de afretamento de navios-sonda entre a Samsung Heavy Industries e a Diretoria Internacional da estatal, controlada pelo PMDB.

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) Foto: Dida Sampaio/Estadão

Tanto Cunha quanto Collor negam participação em desvios e se dizem vítimas de perseguição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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