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Procuradoria-Geral da República pedirá extradição de Pizzolato na segunda

Tradução de documentos relativos ao processo foi concluída nesta sexta; material deve ser revisada no final de semana para ser encaminhado ao Ministério da Justiça

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhará na segunda-feira, 24, ao Ministério da Justiça o pedido de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato. Com cidadania brasileira e italiana e condenado por envolvimento com o esquema do mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália no ano passado. No início de fevereiro, contudo, ele foi na cidade Maranello em uma operação conjunta das polícias brasileira e italiana.

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Conforme divulgou a Procuradoria Geral da República, nesta sexta-feira, 21, foi encerrado o trabalho de tradução de toda a documentação relativa ao pedido de extradição. Durante este final de semana, procuradores farão uma revisão do material para, em seguida, enviá-lo ao Ministério da Justiça.

Conforme o Manual de Extradição do ministério, os documentos deverão ser analisados pelo Departamento de Estrangeiros, da Secretaria Nacional de Justiça. Se estiver tudo certo, o caso será remetido ao Itamaraty, que formalizará o pedido de extradição para as autoridades italianas.

É dúvida se a Itália extraditará Pizzolato para o Brasil. O tratado firmado entre os dois países estabelece que a Itália poderá se recusar a extraditar um nacional. "Quando a pessoa reclamada, no momento do recebimento do pedido, for nacional do Estado requerido, este não será obrigado a entregá-la".

Há precedentes. No ano 2000, a Itália rejeitou um pedido do Brasil para extraditar o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que também tem cidadania italiana. Ele somente veio para o Brasil para cumprir pena porque viajou para Mônaco e foi preso.

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