Procuradoria denuncia executivos na Castelo de Areia

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Por AE
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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou ontem dois executivos da construtora Camargo Corrêa e dois da Andrade Gutierrez, por suposta formação de cartel, quadrilha e fraude no processo de licitação do metrô de Salvador, na Bahia. A denúncia é desdobramento da Operação Castelo de Areia, deflagrada em março pela Polícia Federal (PF) para investigar evasão, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.A concorrência, com recursos da União e a partir de financiamento do Banco Mundial, foi aberta em 1999. As obras tiveram início em 2000, mas ainda não foram concluídas. Segundo a Procuradoria da República, as construtoras montaram o consórcio Metrosal para disputar a licitação, vencida pelo consórcio Cigla. Após desistência do vencedor, o Metrosal foi escolhido. A troca teria custado R$ 11 milhões para as duas empreiteiras. Não há menção sobre envolvimento de autoridades da prefeitura da capital baiana.O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou dez irregularidades, inclusive superfaturamento. ?Existem recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da ordem de R$ 488 milhões para a segunda etapa do metrô, mas a obra não acaba nunca?, denuncia o deputado Ricardo Gaban (DEM), ex-presidente da Assembleia da Bahia.O advogado Luiz Otávio Mourão, da Andrade Gutierrez, rechaçou as suspeitas. ?Não excluímos nenhum consórcio. Houve concorrência de técnica e preço. Vencemos. Não houve fraude à Lei de Licitações. A Camargo e a Gutierrez agiram na mais absoluta lisura.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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