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Procurador Luiz Francisco volta a acusar ACM

Por Agencia Estado
Atualização:

O procurador Luiz Francisco de Souza disse nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, que o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) havia pedido a ele e aos procuradores Guilherme Schelb e Eliana Torelly para tentarem obter uma cópia da fita com a escuta telefônica que a Polícia Federal estava fazendo para investigar pessoas ligadas ao senador Jáder Barbalho (PMDB-PA). "Isso é uma coisa grave que na época não falamos para a imprensa porque essa escuta estava em andamento", afirmou Souza, explicando que a divulgação poderia atrapalhar a investigação. "A gente explicou para ele que, primeiro, eu pessoalmente não sabia que estava havendo essa operação da Polícia Federal". Conforme o procurador, ACM queria trocar a gravação, que seria usada para "derrubar o Jader", por informações que ajudassem o MP em ações contra "o presidente da República, o filho do presidente e o genro do presidente". Souza disse ainda que vários procuradores de Brasília vão abrir uma investigação própria sobre a violação do painel eletrônico do Senado. O episódio, conforme o procurador, configura ato de improbidade por "revelar fato que deva permanecer oculto". Nesse caso, os senadores envolvidos poderiam ser condenados a uma sanção pesada: multa de até 100 vezes a remuneração, suspensão dos direitos políticos por cinco anos e proibição de contratar com o Estado. "Vamos abrir investigação paralela, porque o doutor Geraldo Brindeiro (procurador-geral da República) é que tem de abrir o inquérito contra os senadores", afirmou Souza. De acordo com o procurador, Brindeiro teria dito a eles, no domingo, que as normas jurídicas o obrigam a esperar o trâmite do Senado para abrir qualquer inquérito sobre o assunto. "O doutor Brindeiro tem até um apelido, né? Engavetador-geral da República", emendou o jornalista Lasier Martins.

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