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Procurador-geral rebate Lula e diz que mensalão foi 'julgamento jurídico'

Rodrigo Janot comentou entrevista de ex-presidente, para quem sentença do processo teve '80% de decisão política'

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Por Redação
Atualização:

Rio - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 28, em referência à crítica do ex-presidente Lula ao resultado do julgamento do mensalão, que o caso se tratou de "um processo jurídico com um julgamento jurídico". Lula, em entrevista à Rádio e Televisão Portuguesa (RTP), afirmou nesse domingo que a sentença foi "80% de decisão política e 20% jurídica".

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"Ele tem todo o direito de falar, todo brasileiro tem. Graças a Deus, a gente vive num país democrático, de liberdade de expressão absoluta, que tem que ser garantida pelo próprio MP [Ministério Público]", disse Janot, no Rio por causa do projeto MPEduc, que visa a melhorar a qualidade da educação pública. Ele visitou uma escola na zona oeste junto com uma equipe do MP.

Desde que deixou a Presidência, Lula evitava fazer comentários sobre o julgamento, que começou em 2 de agosto de 2012 e condenou 25 dos 38 denunciados pelo MP. No início do mês, em entrevista a blogueiros, o ex-presidente afirmou que o mensalão deveria ser recontado e que era preciso estudar a "participação e o poder de condenação da mídia nesse processo".

Petrobrás. Janot não quis comentar a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff ser investigada por conta da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás, em 2006. À época, Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal, que avalizou a compra. "Isso está em exame. O MP não fala o que vai fazer, e sim faz, e explica depois, se tiver dúvida".

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