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Procurador denuncia Pudim por crime eleitoral

Por Felipe Recondo
Atualização:

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra o deputado Geraldo Pudim (PMDB-RJ). Em parecer encaminhado ao STF no início de março, Souza diz que "há fortes indícios da prática de crimes eleitorais" pelo deputado quando concorreu à Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ). Dentre os crimes que deverão ser investigados estão a compra de votos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e caixa 2 de campanha. A investigação começou em 2004, pela Polícia Federal, quando R$ 318.200 foram apreendidos na sede do PMDB em Campos às vésperas da eleição. O dinheiro, de acordo com o deputado, pertencia ao partido, mas ele admitiu que despesas de sua campanha foram pagas pela legenda. Laudo pericial contábil mostrou que na prestação de contas de Pudim essa doação não foi declarada, o que seria ilegal. Além do dinheiro, documentos apreendidos na sede do partido mostraram que a campanha de Pudim contratou 35.470 pessoas para fazer boca-de-urna. "A quantidade de indivíduos aponta para a prática de corrupção eleitoral, pois seria excessiva para fins de boca-de-urna", disse o procurador no parecer. Para prosseguir as investigações, Souza pede que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio envie cópia integral da prestação de contas do deputado, uma ação de investigação judicial eleitoral aberta em 2004 e o inquérito aberto pela polícia para investigar a origem do dinheiro. Pudim, ao longo do julgamento, negou qualquer irregularidade.

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