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Processo do mensalão pode prejudicar PT em 2010, diz Ideli

'É óbvio que é uma perda, porque envolve pessoas que tiveram papel relevante na nossa história', afirma petista

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Por Christiane Samarco
Atualização:

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), admitiu nesta terça-feira, 28, que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir processo contra políticos do PT envolvidos no caso do mensalão terá impacto negativo para o partido agora e nas eleições de 2010. "É óbvio que é uma perda para o partido, porque envolve pessoas que tiveram papel relevante na nossa história", disse a líder, desde já preocupada com a demora no julgamento dos petistas. "Isto vai se arrastar muito. Está configurado que é para ficar na frigideira até o processo eleitoral definitivo para nós, que é 2010", avaliou.  Veja também:Passo-a-passo do julgamento do mensalão no STF   Veja imagens do quarto dia de julgamento  Conjur explica diferenças de processo no caso dos mensaleiros  Quem são os 40 do mensalão  Deputados na mira: os cassados, os absolvidos e os que renunciaram  Entenda: de uma câmera oculta aos 40 do mensalão  Íntegra do relatório do ministro Joaquim Barbosa  Íntegra da denúncia do procurador-geral  Veja os 40 acusados no mensalão  Julgamento no STF mostra que "ninguém está acima da lei" Decisão do STF deve ter impacto no governo Além do desgaste de ver petistas processados por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, preocupa o partido o fato de que 2010 será a primeira eleição com Lula sem ser candidato. A líder ainda suspeita de que haja perseguição ao PT. "O que eu estranho é que havia dois casos do esquema do chamado valerioduto, um envolvendo petistas e outro o PSDB de Minas Gerais. Se o modelo, o esquema de desvio de dinheiro era o mesmo, não entendo porque se separou as denúncias", observou a senadora, para concluir em seguida: "Nada acontece por acaso". A líder petista lembra que a opinião pública já reagiu aos exageros nos ataques da oposição, que queria "exterminar" o PT na campanha eleitoral passada, quando seu partido conquistou algo em torno de 40% a mais de votos do que a disputa de 2002. Insistiu, no entanto, que hoje "se criou um clima" em que os aspectos jurídicos das denúncias e dos julgamentos são menos importantes que os políticos. E ao final, duvidou até da isenção do Supremo. "Eu gostaria muito que o Supremo tivesse uma posição de isenção total e absoluta. Mas como é composto por seres humanos, isso é impossível de se desejar."

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