Problemas não podem ser escondidos para depois da eleição, diz Campos

Provável candidato do PSB à Presidência volta a criticar a política econômica do governo Dilma

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Por Marcela Balbino
Atualização:

Recife - No discurso em que reitera críticas ao desempenho brasileiro na economia, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, possível candidato do PSB à presidência da República, disse nesta quinta-feira, 6, que "algumas verdades devem ser ditas ao povo", e que os problemas do Brasil "não podem estar sendo negligenciados, nem escondidos da sociedade para estourarem depois da eleição". A jornalistas, após o lançamento da Central de Plantões da Polícia Civil, em Pernambuco, Campos criticou o baixo crescimento da economia do País, fez referências aos apagões descrever a situação do setor elétrico do Brasil e o citou desempenho negativo na balança comercial. "Estamos crescendo a metade da América Latina, crescendo menos do que o mundo. Vemos a renda voltar a se concentrar nas regiões mais pobres. Os problemas não podem estar sendo negligenciados, nem escondidos da sociedade para estourarem depois da eleição. É preciso que a gente converse com o Brasil no sentido de preservar as conquistas do Brasil. Não se pode deixar o debate para depois da eleição", pontuou Campos. O governador disse não estar se sentindo incomodado sobre a determinação do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, que ordenou ao Facebook a retirada do ar a página que intitulada Eduardo Campos Presidente. Na interpretação do TSE, a página fere a legislação eleitoral, que só permite a propaganda eleitoral na internet somente a partir de 6 de julho. O governador disse que a sua assessoria já havia pedido à direção do Facebook um selo de autenticidade para a página oficial Eduardo Campos, que tem mais de 440 mil curtidores. "Existe uma série de páginas 'fakes' (falsas) e eu não sei exatamente qual pedimos para tirar do ar, então que bom que uma saiu. Torço para que todas as outras sejam retiradas", afirmou o governador. Sobre as declarações do vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ao Estadão, afirmando que o senador Aécio Neves (PSDB) seria o adversário da candidatura pessebista no 1º turno, Campos desconversou. Afirmou que "não tinha lido o material".

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