
30 de janeiro de 2010 | 08h05
Quanto aos problemas internos, o presidente teve de administrar crise com os militares depois das férias, por causa da insistência do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, em criar a Comissão da Verdade, prevista no Programa Nacional dos Direitos Humanos. Lula teria comentado que não dá para descansar quando sua própria equipe inventa encrencas, informou um auxiliar.
VAGA DE VICE
Lula está preocupado com a manutenção da candidatura de Ciro Gomes por avaliar que o deputado e Dilma subtraem votos um do outro. Ao mesmo tempo, ele tenta encontrar um jeito de fazer do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o vice de Dilma - sem poder expor a ideia, para não magoar o presidente do PMDB, Michel Temer, que luta pela vaga.
O presidente tem "carregado" Dilma a tiracolo para dar-lhe o máximo de visibilidade possível. O fato de ter chamado o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), de "babaca", na reunião ministerial da semana passada, é analisado como indicador de nervosismo por parte de Lula, que não costuma se referir assim a adversários.
De acordo com informações de bastidores, no Planalto, dona Marisa Letícia, mulher de Lula, o pressionou a fazer os exames hoje, no Incor, em São Paulo. Ela quer que ele diminua o número de viagens. Mas Lula não parece disposto a mudar muito o ritmo.
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