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Primo de Jader deve ser investigado pela Câmara

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado José Priante (PMDB-PA), primo do ex-senador Jader Barbalho, poderá ser, em breve, o próximo alvo das investigações da Câmara. Na semana passada, a Corregedoria da Casa requisitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações sobre todos os procedimentos existentes contra o parlamentar para apurar a suspeita de sua participação em irregularidades na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Na petição encaminhada ao STF pelo delegado da Polícia Federal em Tocantins, Hélbio Dias Leite, além de Priante, constam os nomes de Jader, sua mulher, Márcia Cristina Zaluth Centeno, de seu irmão, Leonel Barbalho, além do ex-superintendente da Sudam, José Artur Guedes Tourinho. Cinco de nove depoimentos prestados por empresários na PF comprometem o ex-senador e o deputado José Priante. No andamento do caso no Supremo, há a informação de que Priante requisitou, no último dia 29, autorização para consultar o procedimento por um prazo de cinco dias. A decisão caberá ao relator do caso no Supremo, Carlos Velloso. Jader - Enquanto que a Câmara só agora começou a pedir informações sobre Priante, a Polícia Federal avançou bastante nas investigações em torno de Jader, virtual candidato do PMDB ao governo do Pará. Depois de confirmar o envolvimento do ex-senador nos desvios do Banco do Estado do Pará (Banpará), o delegado Luiz Fernando Ayres Machado, que preside os inquéritos envolvendo Jader - sobre venda irregular de Títulos da Dívida Agrária (TDAs) e Banpará - descobriu que o ex-presidente do Senado adquiriu seis propriedades, no período em que foi ministro da Reforma Agrária e depois da Previdência Social, sem mexer em sua conta bancária. No levantamento feito nos extratos bancários de Jader e no cruzamento de suas propriedades, a PF não viu nenhum saque feito nos três bancos onde o ex-senador tinha conta, destinada ao pagamento das propriedades. Segundo fontes da PF, Jader poderia ter usado cheques administrativos do Banpará nas transações imobiliárias ou comprou as seis propriedades com TDAs.

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