
26 de junho de 2009 | 12h20
O primeiro secretário da Mesa, Heráclito Fortes (DEM-PI), voltou a defender o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) que está sendo pressionado para deixar o cargo. "Eu participo do colegiado presidido por Sarney. No momento não existem erros cometidos pelo atual colegiado da Casa", afirmou. Ele considerou um avanço o pedido de licença do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia. O ex-diretor pediu licença remunerada de 90 dias sob o argumento de que precisa de tempo para se defender das acusações sobre o atos secretos do Senado.
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"Temos de respeitar o direito de defesa. O fato de ter sido licenciado foi um avanço", disse Heráclito Fortes, ao lembrar que os servidores da casa estavam constrangidos com a presença de Maia. "O alívio maior foi para ele (Agaciel) que tem que conviver com a Casa que está investigando os seus atos", acrescentou.
Heráclito disse que os atos secretos estão sendo analisados e que serão tomadas as providências. Ele justificou que não pode sair anulando esses atos. "Se anular, sou responsável. Temos que avaliar caso a caso", ponderou. Ele ressaltou que o ato secreto que nomeou uma funcionária para o gabinete de Demósthenes Torres (DEM-GO), sem o conhecimento do senador, foi um crime. "Crime tem que ser punido como crime", disse.
Sobre a revelação de que 21 dos 50 diretores da Casa, que teriam perdido os cargos, continuam na função, recebendo gratificação, Heráclito disse que aguarda estudos da Fundação Getúlio Vargas. "Esse estudo é que vai traçar um novo quadro do Senado", afirmou.
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