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Primeiro passo para a construção de robôs do tamanho de grãos de areia

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Por Agencia Estado
Atualização:

Grãos finos como pó, mas tão ?inteligentes? que podem perceber seu ambiente, orientar-se e reunir-se em grupos. Eles foram desenvolvidos por uma equipe de químicos da Califórnia, que quer construir robôs em miniatura. Essas partículas podem identificar e cercar gotas de óleo ou outros poluentes na água, de acordo com os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, que acabam de relatar suas descoberta na última edição da revista Proceedings of the National Academy of Science. Eles esperam que a pesquisa possa ser o primeiro passo para desenvolver robôs minúsculos para usá-los em medicina, combate à poluição e até mesmo vigilância anti-terrorismo. ?Esta é a chave para o desenvolvimento do que esperamos seja, um dia, a construção de robôs do tamanho de grãos de areia?, diz Michael Sailor, líder da equipe de pesquisa. ?A previsão é construir dispositivos minúsculos que possam mover-se facilmente num meio mínimo, como uma veia ou uma artéria?, continua Sailor, um professor de química e bioquímica. ?Esses dispositivos poderiam ser usados para monitorar a pureza da água potável ou do mar, detectar riscos de agentes químicos ou biológicos no ar ou mesmo localizar e tratar células cancerígenas no corpo.? A equipe projetou pequenos discos de silicone com tratamento químico em um lado para atrair água e, no outro, com repelente à água. Cada lado é uma face espelho, que foi gravada. Assim, quando a água ou outra solução química introduz-se na área gravada, há uma ligeira mudança de cor. Os chips são então quebrados em pedaços do diâmetro de um fio de cabelo humano. Quando colocados na água, os pedaços se alinharão com um lado voltado para a superfície e o outro para o ar. Se uma substância oleosa é acrescentada à água, os pedaços rodeiam a gota com um dos lado voltado para o óleo e o outro, exterior, para a água. O que também causa uma ligeira mudança do cor nos grãos, sinalizando a existência de óleo.

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