Previdência poderá suportar aumento do mínimo, garante Lando

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Por Agencia Estado
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O ministro da Previdência, Amir Lando, afirmou que a instituição "tem mecanismos de suportar o aumento do salário mínimo". Em entrevista encerrada na manhã desta sexta-feira durante entrega de imóveis do INSS ao âmbito do Programa de Desimobilização dos Imóveis da Previdência Social (Prodim), na sede prefeitura do Rio de Janeiro, Lando explicou que o ministério está realizando um esforço de aumento na arrecadação para o ano que vem. Segundo ele, é esperado um acréscimo de R$ 1,9 bilhão na arrecadação prevista para 2005 ante o que será registrado em 2004, que deve fechar com R$ 107 bilhões. De acordo com ele, a elevação na arrecadação será beneficiada porque todo o ministério está empenhado em aumentar a eficiência no combate às fraudes e sonegações que impactam negativamente os cofres da previdência. Ele comentou ainda que o ministério espera um bom resultado nas atividades de recuperação de ativos que foram incorporados de forma irregular ao patrimônio de fraudadores. Para Lando, o setor em 2004 deu um "salto qualitativo importante de arrecadar mais, cobrar o devido, evitar a sonegação". Ao ser questionado sobre repórteres qual seria o impacto do aumento do salário mínimo, que seria em torno de 15% passando de R$ 260 para R$ 300, o ministro explicou que, dentro desse percentual de elevação do patamar de salário mínimo, de 15%, uma parte é ganho real e uma parte é correção da inflação. Da parcela que é ganho real para o trabalhador, o ministro calcula que ocorrerá um impacto nos cofres da previdência "de R$ 100 milhões por cada real acima da inflação". Ele não explicou quanto da parcela de 15% seria correspondente à inflação. Recadastramento Amir Lando afirmou ainda que em seis meses o ministério pretende realizar um recadastramento de aposentados e pensionistas utilizando informações adquiridas por meio de um cruzamento "com todos os bancos de dados possíveis", como os da Justiça Eleitoral, Receita Federal e Sistema Único de Saúde (SUS). Ao ser questionado por repórteres se os aposentados e pensionistas seriam chamados para efetuar recadastramento, o ministro foi taxativo: "nós vamos até eles. Não haverá aquela corrida de novo", afirmou, em referência indireta ao episódio ocorrido durante a gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em que aposentados em idade avançada tiveram que permanecer na fila, sob sol forte, para efetuar o recadastramento.

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