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Prestes a julgar Renan, Senado discute fim de sessão secreta

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Por Redação
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Antes mesmo de acontecer, o julgamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) levou o Senado a debater o seu regimento interno para eliminar sessões fechadas e até mesmo o voto secreto. Na fase inicial da sessão desta quarta-feira, único trecho aberto ao público, os senadores constataram que o regimento da Casa não atende aos anseios da sociedade e que precisa ser reformado em nome da transparência. Diante de alguns discursos defendendo que fosse aberta a sessão que vai decidir sobre a cassação do mandato de Renan, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) lembrou que a bancada do partido apresentou projeto para acabar com "todo e qualquer" voto secreto, que ainda não foi apreciado. "O senador Paulo Paim reapresentou a emenda que tramita há dois anos na Casa, e espero que o Senado reconsidere e possa aprovar essa PEC (Proposta de Emenda Constitucional)", disse Mercadante. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) sugeriu que a consultoria jurídica da Casa faça um estudo do regimento interno para uma "reforma completa, que ofereça respostas mais rápidas a todos nós". O líder do PSDB, senador Artur Virgílio (AM), disse que a Câmara dos Deputados está à frente do Senado em seus procedimentos e que o episódio Renan deve ser aproveitado para modernizar o regimento. "O PSDB registra comprometimento com sessões abertas a partir de agora", disse Virgílio, não deixando claro se o partido apoiará também o fim do voto secreto. Após a manifestação de vários senadores, a sessão tornou-se fechada para apresentação de argumentos da defesa e da acusação contra Renan, além da votação, que também será secreta. (Reportagem de Natuza Nery, texto de Mair Pena Neto)

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