PUBLICIDADE

Pressionados, deputados mineiros reduzem salários

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Assembléia Legislativa de Minas, Antônio Júlio (PMDB), acatou sugestão do Ministério Público e comunicou hoje, por meio de nota, que os salários dos 77 parlamentares estaduais - de R$ 60 mil a R$ 90 mil, somado o fixo de R$ 6 mil e verbas de "manutenção de mandato" - serão reduzidos para R$ 18.859,56. O novo valor equivale a 75% do que ganha um deputado federal. Isto significa que apenas agora, depois que a opinião pública tomou conhecimento dos altos salários, o Legislativo mineiro irá cumprir a Constituição Federal. Segundo Júlio, a diminuição nos vencimentos da Assembléia foi motivada não apenas por aconselhamento do MP - que analisou contra-cheques dos deputados e hoje enviou um ofício ao Legislativo com suas conclusões. Também teria pesado a ausência de "respaldo na sociedade" após a revelação dos valores que os deputados vinham recebendo. O novo salário também servirá, conforme o presidente da Assembléia, como teto para os vencimentos dos servidores concursados ou não do Legislativo mineiro - pelo menos 56 funcionários com cargos de nível superior recebem mais que o governador de Minas (R$ 12.720,00) e até R$ 45.000. "Em vista dos questionamentos sobre a remuneração dos deputados e dos servidores do Legislativo e consciente de que o modelo de composição dos custos da atividade parlamentar adotado pela Assembléia não encontra mais respaldo na sociedade, dirijo-me ao povo mineiro para comunicar estas decisões", afirmou Júlio, na nota. Apesar da redução, os parlamentares de Minas e mesmo os servidores da Assembléia ainda não estão isentos de ter de acertar contas com os cofres públicos. Tramitam na Justiça estadual, desde a semana passada, ações de várias entidades e até de partidos políticos, como o PPS, para exigir que eles devolvam ao erário tudo o que teriam recebido a mais, nos últimos anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.