
07 de janeiro de 2010 | 08h33
A versão final do relatório já havia sido "reexaminada", para cortar do texto o ranking das propostas, quando o documento foi publicado pelo jornal "Folha de S.Paulo". O novo texto deverá ser apresentado a Jobim na próxima semana. O vazamento foi interpretado pelo Palácio do Planalto como uma derradeira tentativa da Aeronáutica de constranger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a optar pelo caça sueco, o mais barato entre os três concorrentes.
Seria, na prática, a última cartada para desbancar a França. Motivo: Lula já manifestou diversas vezes sua preferência pelo caça francês Rafale, da empresa Dassault. Porém, na versão preliminar do documento produzido pelo Comando da Aeronáutica o Rafale ficou em terceiro e último lugar, por ser considerado mais caro e com custo de operação mais alto. O modelo F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ocupava a segunda posição.
"Depois que foi apresentado esse primeiro balanço, foi tudo revisado", disse um importante auxiliar de Lula. No entanto, ele negou que o presidente ou mesmo Jobim tenham obrigado a FAB a mudar de posição. "A situação é muito complexa e os relatórios são técnicos. Não dá para comparar equipamentos diferentes assim, até porque um dos modelos ainda é um projeto", completou o assessor do Planalto, numa referência ao Gripen.
Jobim está de férias e não quis comentar o assunto. Porém, tanto ele como Lula ficaram extremamente contrariados com a divulgação das conclusões do documento da Aeronáutica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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