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Presos na Operação Titanic são acusados de corrupção

Ação da Polícia Federal descobriu uma quadrilha de importação de carros de luxo subfaturados.

Por Marcelo Auler
Atualização:

Uma nova denúncia - desta vez, por corrupção ativa e passiva - foi apresentada à 1ª Vara Criminal Federal de Vitória pela Procuradoria da República no Estado do Espírito Santo (Pres) contra oito envolvidos na Operação Titanic, por meio da qual, na semana passada, a Polícia Federal (PF) desbaratou uma quadrilha de importação de carros de luxo subfaturados. Segundo a investigação, apenas em 2007, estas importações deram um prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos. Na sexta-feira, os procuradores denunciaram 21 acusados de envolvimento com a Tag Importação e Exportação de Veículos Ltda. e as importações de carros por formação de quadrilha.   Veja também: Procuradoria do ES denuncia 21 acusados na Operação Titanic Justiça revoga primeira prisão da Operação Titanic Os procuradores denunciaram o dono da empresa, Adriano Mariano Scopel, e mais seis suspeitos ligados à Tag Importação e Exportação de Veículos pelo crime de corrupção ativa. Eles são acusados de oferecerem vantagem ao auditor Edcarlos Tibúrcio Pinheiro, da Receita Federal de Porto Velho, para que ele fizesse vista grossa nas fiscalizações realizadas na contabilidade da Tag, cuja sede fica em Rondônia. Pinheiro foi denunciado por corrupção passiva, uma vez que, segundo a apuração do Setor de Inteligência e Análise da PF no Espírito Santo, recebeu numa conta bancária de terceiros valores pagos por Scopel e por empregados da Tag. Em maio de 2005, quatro dias depois de terem sido depositados nesta conta R$ 10 mil, o auditor encerrou a fiscalização na empresa, declarando inexistir qualquer impedimento na mesma. Além de Scopel e Pinheiro, foram denunciados por corrupção ativa: os empregados da Tag Aguilar de Jesus Bourguignon (diretor-operacional), Maurenice Gonzaga de Oliveira (gerente-administrativa), Rodolfo Bergo Legnaioli (despachante aduaneiro) e Ronaldo Benevidio dos Santos (representante em Porto Velho), o ex-empregado Rogério Moreira (filho de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo) e o advogado Marco Antônio Gama Barreto (apontado como braço jurídico do grupo).

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