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Presos mais dois acusados de envolvimento em fraude no ES

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais duas pessoas acusadas de participar do esquema de superfaturamento e desvio de dinheiro público na contratação de seguro para a sede do Legislativo capixaba foram presas nesta quarta-feira: o ex-presidente da Associação Representativa dos Servidores da Assembléia Legislativa (Arsal) Saturnino Manoel Faustino dos Santos e um dos sócios da Roma Corretora, Francisco Carlos Perrout. Os dois são acusados de crimes como peculato e formação de quadrilha. Santos foi preso por policiais militares às em casa, na Praia Grande, município de Fundão. Perrout também estava em casa, em Jacaraípe. Os dois foram levados para a Delegacia de Laranjeiras e, depois, transferidos para a carceragem da DP da Praia do Canto, bairro de classe média alta de Vitória, onde estão presos desde o dia 6 o ex-presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, e o ex-diretor-geral da Casa, André Nogueira. O procurador afastado da assembléia, João Marcos Lopes de Farias, entregou-se à polícia no dia 22. Ao chegar à delegacia, Santos negou envolvimento na fraude e afirmou que toda a estrutura do Legislativo estava envolvida no esquema. Ele disse ainda que sentiu-se ameaçado e temia perder o emprego porque toda a Mesa Diretora do Legislativo capixaba estava interessada em firmar o contrato. Há uma semana, em depoimento à Justiça, Santos responsabilizou Nogueira e Farias pela assinatura do convênio com a Arsal. Na ocasião, ele pediu que, caso preso, não fosse colocado na mesma cela dos outros envolvidos no esquema. Em fevereiro de 2000, foi aprovado projeto que transferiu a administração do prédio do Legislativo para a Arsal. O convênio, assinado por Gratz, Nogueira e Farias, foi mantido até janeiro de 2003, quando Cláudio Vereza (PT), assumiu a presidência da Casa. Na ocasião, o contrato de seguro do prédio da assembléia era de R$ 494 mil - foi firmado sem licitação pela Arsal e a seguradora Porto Seguro, por intermédio da corretora Roma, que, segundo a investigação, ficou com 79% do valor negociado. No ano passado, Vereza abriu licitação para um novo contrato e pagou R$ 67 mil pelo mesmo serviço, uma redução de 86%.

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